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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Diáriamente milhões de toneladas de lixo urbano não são descartadas corretamente pelas empresas em todo o brasil

Quase 24 milhões de lixo são jogados em lugar errado
O tempo é curto para que os 3 mil municípios brasileiros que destinam seus resíduos em locais inadequados se adequem a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A conclusão faz parte da 10ª edição do Panorama dos Resíduos Sólidos, lançado nesta terça-feira (28) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe).
A maioria desses 3 mil municípios tem área urbana pequena, com menos de 10 mil habitantes e dificuldades para se adequar a nova lei, que entra em vigor em agosto de 2014.
“A carência de recursos aplicados ao setor, cerca de R$ 11,00 por habitante por mês para fazer frente a todos os serviços de limpeza urbana de um município (coleta, transporte, transferência, destinação, varrição de vias etc), torna o problema ainda mais grave e demanda uma conjunção de esforços para garantir efetividade à Lei 12.305/2010, já que as mudanças demandadas requerem investimentos concretos e os avanços não vão acontecer sem sustentabilidade econômica”, afirma o documento.
De acordo com o estudo, em 2012, das 64 milhões de toneladas de resíduos gerados no ano passado, 23, 7 milhões de toneladas foram destinados aos lixões; 6,2 milhões sequer foram coletadas.
“Ainda temos um cenário de 42% de destinação inadequada. Nos últimos 10 anos, estamos crescendo numa linha de 2% ao ano, em média. Aumento de 2% ao ano para 40% demoraria 20 anos para todo resíduo ser destinado de maneira adequada, num ritmo atual de crescimento. Nós acreditamos que esse ritmo vai ser acelerado, já que agora nós temos uma política nacional, temos demanda, mas mesmo que essa agilização seja posta em prática, eu diria que o problema não vai se resolver de um ano para o outro”, explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, em entrevista por telefone a ((o)) eco.
Avanços são tímidos
Em 10 anos, a geração de lixo no Brasil cresceu 21%. Para Carlos Silva Filho, os avanços em termos de legislação e nos números de coleta são lentos se comparada ao tamanho do desafio imposto pela lei de resíduos sólidos: “tivemos um avanço em termos de legislação, mas em termos de destinação adequada, de coleta seletiva, de reciclagem, nós continuamos bastante atrasados nos números nacionais” explica.
A geração de resíduos teve um pequeno salto de 1,3%, de 2011 para 2012, com a produção per capita saindo de 381,6 kg para 383 kg, em 2012. O aumento superou o crescimento populacional no período, de apenas 0,9%.
Os resíduos vindos de construção e demolição apresentaram um aumento de 5,3% em um ano. O número pode estar subestimado, já que o Panorama só contabiliza resíduos sob coordenação dos municípios, e não das empresas.
O Nordeste é a região que tem a maior quantidade de resíduos com destinação inadequada, um total de 38 mil toneladas por dias, que incluem 12 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia que não são coletados.
A coleta cresceu 1,9% de 2011 a 2012, uma cobertura de serviço superior a 90% no país. “Estamos com 90% de média/Brasil, falta 10% para atingir a universalização da coleta. Em 2000, a coleta atingia 80% da população. No ritmo de crescimento da cobertura do serviço, não vai demorar 10 anos para a universalização. Achamos que em 2016 já conseguimos atingir a meta”, analisou Carlos Silva Filho.
A destinação correta de resíduos sólidos se manteve inalterada entre 2011 e 2012, representando quase 32 milhões (58% do total) de toneladas de resíduo destinado em locais adequados.
(O Eco Notícias)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Reciclando o isopor

Reciclagem de isopor           

Ujatoba_isopor
O isopor tem inúmeras utilidades. Já chegou a pensar sobre isso? Serve para decorar, para proteger produtos durante o transporte, para manter sua cervejinha gelada…enfim, muita coisa.
E na hora de descartar, o que fazer?
Popularmente conhecido como Isopor®, o poliestireno expandido não utiliza o CFC, composto de carbono, flúor e cloro, na sua composição, o que consequentemente não contamina o solo, água e ar. O Isopor® é composto de 98% de ar e só 2% de matéria prima, o poliestireno. Ou seja, toda a ligação dos componentes é através de ar e não de gases que possam contaminar o meio ambiente.
Mas se não é reciclado, constitui um problema ambiental, porque ele  não se decompõe ou desintegra, só vai se acumular nos aterros.
Sendo da família do plástico e, portanto, 100% reciclável, pode ter um destino correto.
O certo é separar o material na coleta seletiva.
por ano, são produzidos cerca de 2,5 milhões de toneladas de isopor em todo o mundo. Só no Brasil são 36,6 mil toneladas, de acordo com estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O problema é aquele velho conhecido: a maioria é descartada de maneira errada e, ao invés da reciclagem, vai parar em aterros.
Outra questão é que muitos não enxergam no isopor um material rentável para a reciclagem, já que ele é leve e ocupa muito espaço por causa do ar, ou seja, a preferência acaba sendo por garrafas PET e alumínio.
Mas, existe solução já chegando aqui no Brasil. A Prefeitura de Recife, em parceria com duas empresas fabricantes de embalagens, implantou uma máquina captadora que pode reduzir o volume do isopor em até 95%. Ele chega a compactar até 90 kg do material a cada hora.
O principal é que esse material seja separado corretamente para passar para a reciclagem. Já existem empresas e/ou cooperativas que realizam esse trabalho, algumas são as próprias fabricantes, como é o caso da Termotécnica. Se você possui uma boa quantidade e quer descartar,  confira onde estão os postos de recolhimento da empresa.
E depois da reciclagem?
O Isopor® reciclado pode se transformar em diversas coisas:
- Se misturado com areia e cimento, vira concreto leve e pode ser utilizado no preenchimento de lajes e chapas de proteção para transportar produtos.
- Matéria-prima para a produção de plástico e acabamentos no ramo da construção civil.
- Substratos para melhoramento do solo.
- Aeração de substâncias para a melhoria da decomposição.
- Complementos em moldes de peças injetadas ou fundição no ramo industrial
- Geração de energia elétrica ou calorífica por meio da combustão direta.