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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O MEIO AMBIENTE ESTÁ DOENTE, CONTAGIADO PELO LIXO

NÃO BATO NA CONSEQUENCIA MAS NA CAUSA
NÃO ADIANTA DAR PALIATIVOS PARA DOR DE CABEÇA
TEM-SE DE CURAR A CAUSA
IVAM LINS

A PRODUÇÃO DO LIXO CRESCENDO A CADA DIA
ENQUANTO EMPRESAS NÃO POSSUEM ESPAÇOS PRÓPRIOS
E ADEQUADOS PARA O DESCARTE   CORRETO; É UM FATO
A CAUSA  CRESCENTE DO AUMENTO DO LIXO ,
É O CONSUMISMO NESCESSÁRIO E O AUMENTO POPULACIONAL
ENTÃO QUE A CAUSA SEJA A CURA E A CONSEQUENCIA O REMÉDIO
SEJAMOS TODOS CATADORES;
 EM CASA, NA IGREJA,NA ESCOLA,LOJAS,CONDUÇÕES,
A BOLSA QUE CARREGAMOS É UMA ÓTIMA LIXEIRINHA AMBULANTE
É VALORIZANDO QUE SEREMOS VALORIZADOS´
Estratégias de Conscientização
Coleta Seletiva Solidária do instituto Polis de março 2003 disponível em htt/arquivo_213.pdf


• Formar, capacitar e valorizar os profissionais e agentes multiplicadores envolvidos nos programas educativos, nos diversos setores da sociedade e do governo;

• Priorizar a capacitação dos participantes das iniciativas já existentes de coleta seletiva solidária;

• Realizar gincanas, olimpíadas, feiras culturais, oficinas de artesanato e arte;

• Elaborar campanhas e materiais para divulgação (folhetos, cartazes etc.);

• Organizar fóruns de discussão, cursos de capacitação, seminários, debates, eventos culturais; desenvolver material educativo e a abordagem porta-a-porta etc.;

• Organizar visitas monitoradas a centros, associações e cooperativas de triagem e de compostagem, a aterros sanitários e a outras unidades de aproveitamento e tratamento de resíduos;

• Definir estratégias educativas de médio e de longo prazo;

• Estimular ações que inibam o descarte ilegal;

• Articular as iniciativas já existentes e difundir experiências de educação socioambiental;

• Realizar planejamento estratégico participativo com gestão compartilhada, para garantir a implementação das ações educativas;

• Obter o apoio da mídia, sobretudo da televisão, salientando a importância de seu comprometimento com a educação;

• Formular propostas para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de forma a responsabilizar os geradores de resíduos.


Estratégias do setor empresarial

• Estimular parcerias entre empresas e catadores para a gestão de resíduos sólidos com educação socioambiental;

• Fornecer infra-estrutura para a implantação de Postos de Entrega Voluntária — PEVs de materiais recicláveis e contratar catadores para atuar como educadores nesses postos;

• Apoiar programas públicos de formação de agentes socioambientais;

• Apoiar programas e ações educativas na esfera civil, coordenados por atores da sociedade, não vinculados a interesses de mercado, através da criação de um fundo empresarial e de outras modalidades de captação de recursos;

• Promover eventos segmentados para pequenas, médias e grandes empresas, para estimular o engajamento com o Programa Coleta Seletiva Solidária;

• Participar efetivamente da educação socioambiental na sua comunidade, envolvendo os funcionários das empresas;

• Estimular as empresas a realizarem pesquisas sobre o ciclo de vida de seus produtos;

• Criar um fórum de associações e de sindicatos patronais para o fomento de sistemas de coleta seletiva solidária e de outras ações de educação socioambiental;

• Incentivar as empresas para o desenvolvimento de programas e ações de educação voltadas para os três Rs e para a inclusão social dos catadores;

• Ser exemplo na destinação final de seus materiais e divulgar informações sobre a reciclabilidade desses materiais;

• Desenvolver discussões junto ao setor empresarial sobre as Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Resíduos Sólidos;

• Contribuir de forma efetiva, criando espaços de discussão, na elaboração das Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Resíduos Sólidos;

• Implantar um programa de coleta seletiva nas empresas que envolva associações e cooperativas de catadores;

• Divulgar instrumentos que habilitem as empresas como instituições social e ambientalmente responsáveis;

• Divulgar mensagens de conteúdo educativo, nos produtos, voltadas à economia solidária e à sustentabilidade ambiental;

• Engajar as empresas na reciclagem dos produtos fabricados;

• Engajar as empresas no desenvolvimento de pesquisas sobre o ciclo de vida dos produtos, que possam ser utilizadas para eventual redefinição de procedimentos e práticas produtivas;

• Desenvolver um debate público no meio empresarial para divulgação da Plataforma de Educação Socioambiental do Programa Coleta Seletiva Solidária.



Estratégias do poder público

• Implementar programas de capacitação para educadores da rede pública municipal e estadual;

• Articular o conteúdo do Programa de Educação Socioambiental da Prefeitura com o do Governo do Estado;

• Garantir recursos públicos para fazer diagnóstico participativo;

• Criar e integrar conselhos de representantes das Subprefeituras, e instrumentalizá- las para a educação socioambiental através dos planos regionais;

• Promover diálogo permanente entre as Subprefeituras, visando à implantação, difusão e acompanhamento dos programas educativos;

• Participar da elaboração das Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Resíduos Sólidos;

• Utilizar espaços públicos para atividades de educação socioambiental;

• Desburocratizar o sistema licitatório dos órgãos públicos;

• Estimular e integrar os diversos setores do poder público na implementação de programas educativos;

• Incorporar programas de educação socioambiental nos Planos Regionais das Subprefeituras (planos diretores regionais);

• Incorporar informações sobre sistemas de coleta seletiva solidária em materiais informativos sobre meio ambiente e nas contas de água e de luz;

• Desenvolver parcerias com empresas privadas e com universidades para a formação dos educadores da Secretaria Municipal de Educação e de outros órgãos públicos;

• Articular um fórum de discussão entre as três esferas de governo, para a discussão das Políticas Nacional, Estadual e Municipal de resíduos sólidos;

• Capacitar técnicos do poder público municipal e estadual para os programas educativos;

• Contratar ONGs e cooperativas de catadores pela Secretaria de Serviços e Obras e/ou Secretaria de Desenvolvimento do Trabalho e Solidariedade para formação de catadores;

• Contratar bolsistas do programa social da Secretaria de Desenvolvimento do Trabalho e Solidariedade para a divulgação porta-a-porta do Programa de Coleta Seletiva Solidária e das atividades educativas;

• Envolver as entidades, ONGs, associações ambientalistas na divulgação das propostas da Plataforma de Educação Socioambiental do Programa Coleta Seletiva Solidária;

• Atuar em rede com o comércio, com as Subprefeituras de São Paulo e com a sociedade civil, nos locais onde haverá centrais de coleta seletiva solidária;

• Garantir a execução de programas educativos em todas as secretarias da Prefeitura e criar uma coordenação intersecretarial para implementar os programas de educação socioambiental na Prefeitura de São Paulo;

• Integrar outras atividades e programas das secretarias, relacionados com a questão.Estratégias para implementação de ações e programas de Educação Socioambiental
Estratégias dos catadores e catadoras
• Promover a conscientização e a valorização do catador;

• Elaborar plano de educação socioambiental tendo como referência exemplos concretos da atuação dos catadores e de suas associações e cooperativas;

• Promover troca de experiências entre as organizações dos catadores, para a valorização profissional, através de cursos de capacitação, de visitas a empresas recicladoras, entre outras;

• Criar equipes, nas cooperativas e associações, para a formação dos catadores;

• Desenvolver cursos de diversificação da coleta seletiva e de reaproveitamento de materiais sob a forma de arte e artesanato, para ampliar os ganhos dos catadores;

• Estimular a sensibilização da população sobre os benefícios sociais e ambientais da coleta seletiva, capacitando-a, através de ação porta-a-porta dos catadores;

• Explicar a cadeia produtiva, o ciclo de vida dos produtos e as possibilidades que os materiais oferecem;

• Desenvolver processos de formação, em diversas competências, dos catadores que fazem triagem, para atuarem simultaneamente como educadores, agentes ambientais e profissionais de reciclagem;

• Promover a criação de espaços

É VALORIZANDO QUE SEREMOS VALORIZADOS

PRECISAMOS DOMINAR O LUXO QUE TEMOS E QUE SÃO TRANSFORMADOS EM LIXO
COMO?PROCURANDO COMPRAR COISAS FEITAS PARA DURAR MAIS TEMPO E TODAS QUE LEVEM O CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE E SEPARANDO  EM CASA MATERIAIS RECICLAVEIS, E ENTREGANDO AO CAMINHÃO OU CONTEINER DE COLETA APROPRIADO QUE UM DIA TEREMOS ZERADO O DESCARTE INAPROPRIADO NO MEIO AMBIENTE. O LIXO  SELECIONADO RECICLAVEL PODERÁ IR DIRETO  PARA AS INDUSTRIAS DE RECICLAGEM E USINAS DE ENERGIA ECONOMIZANDO A PARTE DE TRIAGEM     AS INDUSTRIAS
VÃO TRANSFORMA-LOS EM NOVOS OBBJETOS LIVRANDO DE CONTAMINAÇÃO E DESTRUIÇÃO O MEIO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS


domingo, 7 de agosto de 2011

A DISPUTA DO LIXO BRASILEIRO POR EMPRESAS ESTRANGEIRAS



 

riqueza
Os donos do lixo
O lixo - quem diria? - virou um grande negócio no Brasil. Diante de um mercado de 20 bilhões de reais, empresários se unem a banqueiros para investir no setor
Ana Luiza Herzog e Samantha Lima
[img1]Em uma entrevista recente gravada em vídeo pela revista americana de negócios Fortune, o executivo David Steiner soltou a seguinte previsão: daqui a dez anos, será possível extrair tanta riqueza do lixo que as empresas do setor poderão fazer sua coleta de graça, sem que nenhum governo tenha de pagar pelo serviço. Ao ouvir a declaração, o interlocutor de Steiner esboçou um sorrisinho de deboche, mas não retrucou. David Steiner ainda está em posição de receber crédito por suas palavras, por mais que elas soem como delírio. Há sete anos ele é o presidente da Waste Management, a maior empresa de lixo dos Estados Unidos e uma das maiores do mundo. Sob sua gestão estão 273 aterros sanitários, 17 usinas de geração de energia por meio da incineração do lixo e 119 operações de conversão do gás metano dos aterros em energia. A Waste Management ainda opera 91 estações de reciclagem de lixo comum e 34 de processamento de lixo orgânico. Com isso, fatura cerca de 12 bilhões de dólares por ano. Hoje, não há nada no Brasil que se pareça com isso - nem em tamanho de receita nem em modelo. Mas, para alguns empresários e investidores, a Waste Management já é uma referência num negócio por muito tempo negligenciado. Segundo estimativas, o mercado de lixo, hoje tremendamente pulverizado, movimenta quase 20 bilhões de reais por ano no país.

Um dos que acompanham com entusiasmo o desempenho da Waste Management e sonham em fazer algo parecido é o paulista Wilson Quintella Júnior, de 54 anos - o homem à frente da Estre. A empresa nasceu há 11 anos com a construção de um aterro sanitário no município de Paulínia, no interior de São Paulo - na época, Quintella deixou um emprego na GP Investimentos para se dedicar ao novo negócio. De lá para cá, ampliou seus domínios e hoje opera dez aterros, que atendem centenas de clientes públicos e privados e estão localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná e em Bogotá, na Colômbia, e Buenos Aires, na Argentina. Outros dois deverão ser inaugurados nos próximos meses - na cidade paulista de Piratininga e em Aracaju. Em março deste ano, Quintella fez uma manobra ousada: com a ajuda do BTG Pactual, de André Esteves, atropelou um fundo de private equity que vinha já há algum tempo negociando a empresa de coleta de lixo urbano Cavo, do grupo Camargo Corrêa, e a comprou por 610 milhões de reais. A aquisição da Cavo fará com que o faturamento da Estre, previsto para alcançar 640 milhões de reais em 2011, dobre.

UM PROBLEMA NO MUNDO TODO: A geração de lixo não para de crescer – e boa parte desse volume não tem destino adequado

Com os negócios da Estre nessa toada, não é de admirar que, numa palestra recente dada em São Paulo para convidados do Bank of America Merrill Lynch, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha feito menção a Quintella, presente na plateia, dizendo que ele "está rindo de orelha a orelha com o lixo". O que faz Quintella sorrir não é tanto o que ele já conseguiu construir, mas o potencial que vê pela frente. Ainda hoje a coleta atinge apenas 88% do lixo gerado no Brasil. E, desse volume, 42% ainda são destinados aos lixões. No ano passado, depois de quase 20 anos tramitando no Congresso Nacional, a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos foi finalmente aprovada. Com ela, foi determinado que 2014 será a data-limite para que todos os municípios do país fechem seus lixões. As prefeituras também terão de estabelecer programas de gestão do lixo que permitam separar os resíduos - aquilo que pode ser reaproveitado - dos rejeitos - material que realmente merece ir para os aterros. Além disso, a lei deixa claro que a indústria e os consumidores têm deveres a cumprir em relação aos resíduos que geram. Mas isso é o que está no papel. "Há ainda muitos questionamentos sobre como todas essas premissas vão funcionar na prática", diz Fabricio Soler, advogado especializado em meio ambiente do escritório Felsberg e Associados, de São Paulo. E se vão funcionar.

CONSÓRCIO DE RESÍDUOS

No passado, muito dinheiro público foi distribuído a pequenos municípios para que eles construíssem aterros. O baixo volume de resíduos, associado ao custo e à complexidade de operação do empreendimento, fez com que a maioria se transformasse em lixões. O desafio agora está em fazer com que os municípios trabalhem juntos, de modo a criar uma espécie de "consórcio" para administrar seu lixo. Os diferentes setores da indústria também terão de se mexer e apresentar ao governo propostas sobre como vão fazer a logística reversa de seus produtos. Pela lei, as indústrias são responsáveis por dar uma destinação correta a seus produtos descartados pelo consumidor. Até agora, segundo especialistas, as discussões setoriais têm sido mais acaloradas do que produtivas. Independentemente desse cenário ainda nebuloso, muitas empresas ligadas ao negócio do lixo já estão se movendo para aproveitar as oportunidades de negócios decorrentes dessas mudanças. "Esse setor vai explodir no Brasil nesta década. Sobrarão os que estiverem muito preparados", diz o grego Antonis Mavropoulos, diretor da Associação Internacional de Resíduos Sólidos.
Por enquanto, a Estre é vista como uma das candidatas a liderar essa consolidação. Sua maior concorrente nesse processo é a Haztec, com sede no Rio de Janeiro.

Até ser comprada pelo paulista Paulo Tupinambá e mais dois sócios, em 2003, a Haztec era uma consultoria ambiental que faturava 7 milhões de reais por ano prestando serviços como o de descontaminação de solos. Desde então, a empresa cresceu um bocado. O fundo Infrabrasil - dos fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Funcef (da Caixa Econômica Federal), gerido pelo Santander - injetou 200 milhões de reais na empresa entre 2007 e 2010 e hoje tem uma participação de 50%. Em 2008 foi a vez do fundo de private equity do Bradesco investir 160 milhões de reais para ficar com uma fatia de 28% da Haztec. Há um mês, a empresa recebeu grau de investimento - ou seja, representa baixo risco de calote para seus credores - pela agência de classificação de risco Fitch Ratings. A previsão é que a companhia encerre 2011 com faturamento de 700 milhões de reais, a maior parte desse dinheiro oriunda da gestão de quatro aterros sanitários públicos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Recentemente, a Haztec começou a operar sua quinta unidade, o aterro de Seropédica, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O local é emblemático da mudança da administração dos negócios do lixo no país. Isso porque ele substituirá, até 2012, Jardim Gramacho - misto de aterro e de lixão que por décadas manchou a imagem do Rio de Janeiro e foi cenário de Lixo Extraordinário, documentário sobre o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz com catadores de material reciclável e que concorreu ao Oscar deste ano. Além dos aterros, a empresa também ganha com outros negócios. Em janeiro, a Haztec comprou a Biogás, empresa que usa o metano resultante da decomposição do lixo de dois aterros para gerar algo como 40 megawatts de energia, suficientes para iluminar, por exemplo, uma cidade de 200 000 habitantes. A energia obtida é vendida no mercado livre.

Um dos desafios das empresas que atuam no mercado de lixo é descobrir novos nichos. Foi o que fez a paulista Ambitec, que prevê faturar neste ano algo como 400 milhões de reais - a maior parte dessa receita vem da gestão de resíduos de empresas de grande porte, como Johnson&Johnson, Embraer e International Paper. Em abril, a Ambitec pagou 4,5 milhões de reais para adquirir 49% da startup Descarte Certo. Fundada pelo ex-executivo Lucio Di Domenico há menos de três anos, a Descarte Certo oferece aos consumidores, por meio de seu próprio site ou nas lojas de varejistas como Carrefour e Cybelar, um serviço de coleta e de descarte ecologicamente correto de produtos. Até agora, a empresa atuava apenas como intermediária entre consumidores e empresas de manufatura reversa. "Nos próximos meses, faremos investimentos para que ela mesma execute todo o processo", diz André Oda, professor de finanças da FEA-USP que há um ano foi chamado pela família Borlenghi, dona da Ambitec, para ajudá-la no processo de profissionalização e de preparação para um futuro IPO. "A hora desse mercado é agora. Quem não se posicionar rapidamente perderá a oportunidades


atenção, todas essas ofertas de coletas gratúitas são armadilhas para levar nossos recursos naturais disfarçados de lixo.Depois que foi lançado o selo do catador, sem apoio financeiro nem da CLT os catadores do Rio desapareceram das ruas,aquí não se vê catador mais nem para remédio,enquanto latas garrafas e sacolas plásticas e papeis voam pelas ruas ao sabor do vento reflita e o futuro de nossos descendentes opine o que vc pensa disso