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sábado, 5 de novembro de 2011

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+ informação Assista à “Lixo Extraordinário”, documentário indicado ao Oscar sobre a trajetória do lixo dispensado no Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina localizado na periferia de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, até ser transformado em arte pelas mãos do artista plástico Vik Muniz. Um interessante exercício de reflexão sobre o papel do lixo na sociedade moderna.












Lixo no mar, mar de lixo... mar, um lixão

Em 1977 quando comecei a velejar de oceano, me lembro bem que no barco que velejava era comum furar o fundo das latinhas de cerveja vazias para que afundassem no mar.

A explicação era que se desintegravam no fundo do mar, que se flutuassem chegariam em alguma praia causando poluição e sujeira nas praias. Era uma visão ecológica equivocada, mas tinha alguma lógica.

Alguns anos mais tarde, Geraldo Tollens Linck me contava indignado que após trocar o óleo do motor durante um translado a Buenos Aires, acondicionou o óleo em um recipiente e o levou até o porto para dar destino diferente ao de simplesmente jogar ao mar.

Chegando a Dársena Norte, entregou o recipiente ao marinheiro do clube explicando haver navegado 500 milhas com o óleo e que por favor desse o destino adequado.

O mesmo agradeceu e sem que o Geraldo percebesse, despejou o óleo no bueiro nos fundos do clube, na mesma noite, após uma chuva, o óleo saiu no cano próximo a popa dos barcos ancorados no clube, poluindo toda baia do clube.

Claro que a pessoa agiu sem ter consciência de seu ato, mas hoje em dia esta cada vez mais evidente as conseqüências destes “ex-pequenos” atos. Um litro de óleo contamina mais de 1 milhão de litros de água, portanto imaginem que estrago faz 5 litros de uma troca de óleo.

Mas o que me fez escrever sobre este assunto é outro motivo tão ou mais preocupante que este que é o lixo plástico em nossos rios, lagos, baias e oceanos.

Recentemente durante a in port da Volvo Ocean Race no Rio de Janeiro, Ken Read declarou: "Neste momento, o mundo todo está preocupado com a degradação do meio-ambiente. Acho que vocês deveriam pensar seriamente em limpar essa baía. Eu adorei estar aqui, por isso posso falar isso com todo carinho: acho que nunca velejei num lugar tão sujo em toda minha vida. O momento para mudar isso é agora".

Já havíamos enfrentado este problema durante os Jogos Pan Americanos e será um grande desafio durante as Olimpíadas, se forem realizadas no Rio de Janeiro. Mas o problema é universal, o que não diminui nossa responsabilidade, ao contrário aumenta.

Lixo
A produção de lixo segue crescendo na terra. Nos arroios e rios de nossa cidade temos o problema do acúmulo de lixo que fica evidente após qualquer chuva.Muito desse lixo acaba chegando aos nossos rios lagos e oceanos.

Sopa de plástico
Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. As propriedades do plástico, um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vêm de terra firme.No oceano pacífico existe uma enorme ilha de lixo plástico boiando que chega, segundo estudos, a área de São Paulo, Rio de janeiro, Minas Gerais e Goiás somadas.

Já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros . Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.

Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica se espalhada, tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.


Mapa que mostra a ilha de plástico formada no Pacífico

Atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.

E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.

Produtos plásticos - como garrafas, sacos, embalagens de comida, copos e talheres - formam a maior parte do lixo encontrado no oceano, segundo um relatório do Programa Ambiental da ONU (Unep, na sigla em inglês).

Somado a este problema, temos também o nill que são pequenas partículas plásticas que se confunde com o plâncton, base alimentar da maioria dos seres marinhos.

Segundo a ONU, não há um número exato da quantidade de lixo boiando nos mares, porque os dados coletados são mais precisos em algumas regiões e menos precisos em outras, mas a Unep afirma que as evidências são de que a quantidade de lixo está aumentando. "O lixo marinho é sintomático de um problema maior: o desperdício e a persistente má administração dos recursos naturais. Os sacos plásticos, garrafas e outros lixos se acumulando nos oceanos e mares poderiam ser reduzidos drasticamente por uma política de redução de lixo, administração e iniciativas de reciclagem", disse Achim Steiner, sub-secretário geral da ONU e diretor executivo da Unep.

"Parte deste lixo, como os sacos plásticos finos que só podem ser usados uma vez e sufocam a vida marinha, deveriam ser proibidos, ou rapidamente tirados de circulação em todo lugar - não há mais como justificar a fabricação desses sacos em nenhum lugar. (...) O lançamento de outros dejetos pode ser cortado aumentando a consciência do público e usando uma série de incentivos econômicos e mecanismos de mercado inteligentes que façam a balança pesar a favor da reciclagem, redução ou reutilização de produtos, em vez de jogá-los no mar", disse Steiner.

Plástico
Os compostos tóxicos do plástico podem ser encontrados nos organismos que o consomem, diz o relatório, afirmando que o produto pode ser confundido com comida por vários animais, inclusive mamíferos marítimos, pássaros, peixes e tartarugas.

As tartarugas marinhas, em particular, podem confundir sacolas plásticas boiando com águas-vivas, um de seus alimentos favoritos. Uma pesquisa de cinco anos com fulmaros glaciais - um pássaro encontrado na região do Mar do Norte - concluiu que 95% desses pássaros continham plástico em seus estômagos.

Segundo o relatório, além de produtos plásticos, pontas e maços vazios de cigarro e de charuto estão entre os produtos mais encontrados nos oceanos, correspondendo a 40% do lixo encontrado no Mar Mediterrâneo.

O turismo também têm impacto significativo sobre o estado dos oceanos e costas em todo o mundo. Em algumas áreas do Mediterrâneo, mais de 75% do lixo é produzido durante a temporada de verão, com forte presença de turistas.
Atividades costeiras correspondem a 58% do lixo encontrado no Mar Báltico e quase metade do lixo encontrado no mar na região do Japão e da Coreia do Sul.

O relatório ainda conclui que a maior parte do lixo marinho vem de atividades baseadas em terra firme. Segundo o Unep, o problema do lixo marinho é particularmente grave na região dos mares do sudeste asiático - onde vivem 1,8 bilhão de pessoas, 60% delas nas áreas costeiras.

Prejuízo
A ONU também atribui o aumento da poluição ao crescimento econômico e urbano, além das atividades marítimas. Além dos problemas de saúde e para a vida marítima, o lixo nos mares também provoca prejuízos econômicos, afirma o documento, com barcos e equipamentos de pesca danificados e contaminação de instalações para turismo e agricultura.
O custo de limpeza das praias de Bohuslan, na costa oeste da Suécia, foi de pelo menos U$S 1.550.200, em apenas um ano. No Peru, a cidade de Ventanillas calculou que teria de investir cerca de US$ 400 mil por ano para limpar sua costa - o dobro do orçamento para a limpeza de todas as áreas públicas.

A ONU ainda recomenda a imposição de altas multas para embarcações que jogarem lixo no mar e a suspensão de taxas para o processamento do lixo nos portos, para desestimular o despejo nos oceanos. Acredito que a solução passa pela educação e temos que investir nas próximas gerações para mudarmos drasticamente nossos hábitos.

Para saber mais:

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Nelson Ilha é velejador, árbitro olímpico e juiz internacional da ISA




























































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